domingo, 5 de outubro de 2008

Águas tão-somente

Apontas-me as águas silenciosas
Que, tais como as rumorosas, ali
Descem em veias de montanhas
E, invés de ao mar, se tornam lagos…

Dirás também que Ródano, primo,
Desprende de fio gelado, ciciante
Quando se torna rio em vasto vale,
E ardente cio verde aqui de margens…

Mais azul que o até ao horizonte
Te desenharei como vejo o longe
Que a navegar me servem lágrimas…

E o que não caberia em tal fábula
- Escopo de peixes nesse aquário –,
És banho de chuva como te desejo…

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