quinta-feira, 30 de outubro de 2008

De como era Kate

1.

Passeia-se por alguns Blogs (desses...de Cabo Verde) e é real o vaticínio de Millôr Fernandes: Já que não estamos vivendo em tempos éticos nem estéticos, é fundamental, pelo menos, não abandonarmos os tempos sintáticos. Pior, só na última sessão parlamentar. A que se retoma (porra) na próxima segunda-feira.
2.
Mexendo nos papéis, dei de caras com um guardanapo amarlotado. Apanhei-o num sushi bar, em Lisboa. Nele, de letra imprecisa, estava escrito:
Luar desbotado
A luz da noite induz
ao verso calado.
3.
Não entro na histeria dessa repetida sobre o lixo tóxico. Em certas matérias, mandam o bom-senso, a serenidade e o espírito colectivo. Pessoalmente, vendo as questões de custo-benefício, defenderia a opção pelo aterro sanitário. De resto, a inceneração não será a panaceia universal para o tratamento dos resíduos industriais. Sem ser especialista na matéria, não apoio a proposta de queima, que não se debruça sobre a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos. Há equações que obrigam a interpelar parcelas como o ambiente, o bem-estar social e a qualidade de vida. Certas inequações, a meu ver, são para esquecer...
4.
Kate, a americana que foi fugaz paixão de Eugénio Tavares, se me adivinha breve, bela, simples e fluente. O que sobrou - olor de perfume na procela -, é uma fina neblina em forma de morna...

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