segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Terra pia com música

Auto-Retrato na Fronteira do México
Frida Khalo



Wake-up call

Acordar tem de ser com música. Cama revolta, óculos caídos e o livro de Cesário Verde, aberto a estes versos: Nas nossas ruas, ao anoitecer,/Há tal soturnidade, há tal melancolia,/Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia/Despertam-me um desejo absurdo de sofrer...Penso que o período natalício se presta a melancolias. Quando me fragilizo (no mais íntimo da alma), a música é a minha única terapia.


Petite Sirene

Enquanto faço a barba, vou cantando com Francis Cabrel: Pleure pas petite sirène,la ville dort encore. Ton histoire commence à peine. Pleure pas petite sirène,le jour attend dehors, dans les brumes des fontaines.

I Shall Not Walk Alone

Hoje, tenho duas reuniões, uma crónica para o jornal A Nação, as provas para mandar ao editor e pareceres sobre um projecto. Gostas de Ben Harper? Hope is alive while we're apart. Only tears speak for my heart. Break the chains that hold us downand we shall be forever bound.

C'est Ecrit

Tudo está escrito. Não sou determinista, mas levo a sério o existencialismo sartreano. A propósito, José Cunha encontra-se de novo na cidade da Praia. Assim como Dulce Almada. Há gente, de si, enriquecedora. De novo, Cabrel: Mais y a pas d'amours sans histoires. Oh tu rêves, tu rêves... Elle n'en sort plus de ta mémoire.Elle danse derrière les brouillards. Et moi j'ai vécu la même histoire Depuis je compte les jours...Músicas para ensolarar o dia!

Bilinguismo

O linguísta francês Nicolas Quint, numa entrevista ao jornal A Semana, disse o seguinte: Uma língua que não se ensina de todas as formas está condenada no mundo de hoje. Os cabo-verdianos devem aproveitar as duas línguas que fazem parte do seu património cultural. Acho que não há nenhum impedimento de se optar a aprendizagem paralela das duas línguas. Um ensino bem construído e bem programado do crioulo ajudaria a tornar as crianças e o resto da população conscientes de que estão a lidar com duas línguas diferentes e provavelmente ajudaria muita gente a falar melhor o português pois teriam uma base sólida para depois se abrirem para outras línguas. Opinião interessante, abalizada e imperiosa. É agora ou nunca, companheiros...

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