segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Suástica, amor & novela


1.
Desde que Paraíso Tropical, a novela das oito da TCV, matou a personagem Edivaldo (pequena ousadia global de botar negro na tela) que fiquei zangado. Sem ser viciado, sou daqueles que assiste a TCV, das oito ao fim da edição. Nada religioso, diga-se de passagem. Mas, dizia, fiquei chateado, meio margoso, com a ideia de terem tirado o crioulo Edivaldo da cena, o único na trama que era Artista. A novela ficou sem artista e, de certa forma, sem Arte. Minto: ficou só um - Cássio, com as suas receitas pantagruélicas no restaurante Frigideira Carioca (motivo do meu interesse pela novela, confesso). Mas, sem Edivaldo não dá para ser feliz. E retalio contra tamanha desconsideração, contando o fim do mistério aos mais aficionados. Essa merda terminará assim: Olavo mata Taís. Olavo e Ivan se matam. Camila manda Fred levar na curva e reata namoro com Mateus. Iracema e Virginia, por causa da eleições, não atingem consenso. Dinorá e Gustavo se casam . Marion vira rabidante e é expulsa do Plateau. Bebel - que fruta! - posa nua. Para que o finzinho seja meloso, piroso e zouk, porra, Paula e Daniel são pais de gémeas. Quanta mediocridade! Estou vingado...
2.
Agora, a sério, que o amor é bonito. Aposto que metade do meu leitorado não conhece o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade. É assim:
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
3.
Estou meio besta hoje. A escrever asneiras, a postar à-toa. O resto é um absurdo a nos ultrapassar as medidas. O raïd aéreo do exército israelita contra a Faixa de Gaza é um acto neo-nazi. A esses genocidas só falta a suástica...

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