quinta-feira, 17 de maio de 2007

Rosa sol nesse poente



A sensação tardia de chegar
Ao rol das coisas que pulsam
Tuas causas, minhas, quando,
Em serena solidão, as tomo…

De cor e salteado, em cada marca,
Risco ou cisco, linho e puro corpo,
Esvaio eu e resvalas tu, só desejos
Como sussurros e harpejos nossos…

Não quero rimas para te navegar,
Nem alados verbos de te conjugar,
Outra fêmea que não musa fugaz…

Que guarde frémito em meu regaço,
O aninhar do rosa sol nesse poente
E me permita tardio em seios teus…

Filinto Elísio

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