Soube que jamais virias ao nosso encontro,
Vaticínios e planos, a traça nos guardanapos,
Taças manchadas de vinho, côdeas de broa,
Rendez-vous, se desenhado, como desejado…
Virias, com os teus labirintos acesos, abismos
De queda demorada, vazios silenciosos, tomados
De tudo, pequenos ruídos, de atómicos rangeres,
Graves, aves, brisas, no hiato em que te revelarias…
Mãos de afagar, em melodia, trarias ao encontro,
O charco quente e o aconchego dos teus olhares,
A sina descrita, porem cifrada, das minhas viagens…
De tudo que ficou adiado – metáforas, sobretudo –,
Deixarei resguardar em suas loucas margens,
O mel da tua saudade, essa coisa toda liquefeita…
Filinto Elísio
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