Lisbon revisited
Em Pessoa, Lisboa com as suas casas de várias cores. Lisboa, de Alexandre O’ Neill. Da minha infância, em que a mãe nos repartia os bolos da Pastelaria Suiça. Dos meus encontros mais livres, à beira-rio e à Praceta da Estrela. Lisboa, de uma outra claridade…
Balbucio-te os poemas de Dimas Macedo
Há palavras que não se dizem assim de chofre. Miradas que não devem ser tão de soslaio. Desejos que, de tão latentes, nem precisam de revelação. Por certo, soubeste daqueles versos de Dimas Macedo, de que te direi só um pouquinho: Se eu fosse uma mulher/eu não queria/essas luvas estranhas/de aparência./ Eu deitaria nua com meu homem, /Eu ouviria música no seu ventre…
Casa da Morna 1
Cantinho mais aprazível. A chama da morna e a flâmula de Cabo Verde em terras lusas. Ver alguns amigos. Dois dilectos poetas – um, cabo-verdiano, e, outro, português. Pedir ao garçon uma taça de tinto, mas este traz-me um branco maduro. À saída, deixado em cima do sofá vermelho, o livro “O Silêncio de um Homem Só”, de Jorge Marmelo. E onde estivesse a criatura, não longe estaria o espírito do criador…
Casa da Morna 2
Também terei deixado um exemplar do "Das Frutas Serenadas". O mesmo sofá vermelho. Por um simbolismo inconsciente, quiçá besta e inapropriado. Alguém com tempo para a telepatia...em tempos tão cibernéticos. E ficam as "frutas" para os mansos de espírito...
The widow, my dear
Gostei de ter apresentado “A viúva virgem”, de António Ludgero Correia, na cidade da Praia. Sala cheia apesar da final do campeonato europeu, contrariando a quase verdade de que os intelectuais cabo-verdianos preferem futebol às letras. Outrossim, foi um exercício de quase crítica romanesca, que me apraz sobremaneira. Digo quase crítica, pois não me atreveria em sugerir camisas de força para o texto criativo de alguém. Gostei da linguagem desabrida de Ludgero Correia, que, pelos vistos, já ganhou o gosto pelas belas letras. E, como estou a caminho de Paris, ciente de não gaguejar em língua alheia, hélas…
The widow, my dear
Gostei de ter apresentado “A viúva virgem”, de António Ludgero Correia, na cidade da Praia. Sala cheia apesar da final do campeonato europeu, contrariando a quase verdade de que os intelectuais cabo-verdianos preferem futebol às letras. Outrossim, foi um exercício de quase crítica romanesca, que me apraz sobremaneira. Digo quase crítica, pois não me atreveria em sugerir camisas de força para o texto criativo de alguém. Gostei da linguagem desabrida de Ludgero Correia, que, pelos vistos, já ganhou o gosto pelas belas letras. E, como estou a caminho de Paris, ciente de não gaguejar em língua alheia, hélas…
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