segunda-feira, 7 de maio de 2007

Praia, de madrugada



Praia, de madrugada, coando luz
E Madragoa, barras de amor,
A Voz da América, sacos de haxixe,
No giro nocturno da baía…

Híbridas mulheres, carros de luxo,
Cães vadios, pedintes, noctívagos,
A brisa bole, em jeito de pipa, és tu,
A capa avulsa de um Paris Match…

Também parecida contigo a noite,
O que sobra de haver constelação,
Para que a insónia se apazigúe…

Outra musa, nem por isso igual a ti,
A nua, de nudez assaz desvalida,
De como vai em lua, a tua máscara…


Filinto Elísio

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