Deambulava, em profano, mil ruas de Paris
E ficava, demorado, pelas pontes e lias-me
"O Diario", de Anäis Nin, e desnudavas-me
Tu, onirica tela, onde também te ousavas...
Ora, eis Paris, eterna festa, sussuros de poeta,
Frestas de outra dança, saltimbancos e palhaços,
Espasmos de cavalheiros, jogos de damas, avatares
De um Império e seus atritos, suas estatuas eternas...
Eis Paris, meu banho de pétalas, halo perfumado,
Putas & travestis, "Rosace" & Place de la Concorde,
Tudo canta Edith Piaff, tantos olores e tua lembrança...
E como apetece morrer agora, partir para o nada,
Iconoclasta e descrente, à cara daqueles que olham
Aquém do Paradis, em que tu, sim, cantas as frutas...
Filinto Elisio
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