Sei que não demora este estar contigo,
Afoita, a morte e de nada vale, rídicula,
Esta teima de ficar entre vórtices do ar,
Quando nem Deus a flutuar nos engana…
Fica sim pelas ganas, do inscrito corpo,
Faz tu nele profana escrita, hossanas,
Glosas e preces, tudo que enfim sirva
E te guarde enquanto a vida nos levar…
A fina poalha do oásis, em que deserto,
Onde te descobres, redonda geometria,
Rente à clâmide da lua, pedra dissoluta…
Vi-te em caligrafias íntimas, tardificada
Sob esse poente, a tua boca tão de fruta
O resto medra, sendo ora lavra, ora larva…
Afoita, a morte e de nada vale, rídicula,
Esta teima de ficar entre vórtices do ar,
Quando nem Deus a flutuar nos engana…
Fica sim pelas ganas, do inscrito corpo,
Faz tu nele profana escrita, hossanas,
Glosas e preces, tudo que enfim sirva
E te guarde enquanto a vida nos levar…
A fina poalha do oásis, em que deserto,
Onde te descobres, redonda geometria,
Rente à clâmide da lua, pedra dissoluta…
Vi-te em caligrafias íntimas, tardificada
Sob esse poente, a tua boca tão de fruta
O resto medra, sendo ora lavra, ora larva…
Filinto Elísio
2 comentários:
Filintinho, tão bom que chega a ser desconcertante ...
Agradeço-te pelo comentário. De coração...
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