1. A Praça
Elucubrações em torno da Praça Alexandre Albuquerque tem havido muitas. Nem todas fazem vênia ao seu traçado monumental, com áurea de praça mexicana clássica, estando num lado a igreja e a justiça, depois a edilidade e o clube social, no terceiro lado, a banca e o comércio e no quarto, a fechar o quadrado, os sobrados. Os cantos são os reis de um baralho de cartas: o rei de copas (Carlos Magno), o rei de paus (Alexandre Magno), o rei de ouros (Júlio César) e o rei de espadas (Rei David). No meio, a fonte da vida, que passa os munícipes pela “água”, e a guarita, onde a banda municipal, com valorosos “musguêros”, a redundar certo repertório. Havia também uma esplanada que foi mandada destruir por um edil num assomo estético-desconstrutivista ou possuído pelo finado de Nero, o Imperador, que, num dia de “blue devil”, mandou queimar Roma. O certo é que, mais dia, menos dia, mexendo essa Bastilha, faremos construir, pedra por pedra, a velha Esplanada 12 de Setembro, imortalizada, aliás, num poema de Arménio Vieira, a.k.a., na praceta mais acima, por Conde de Silvenius...
2. Haja luz
Parar o Palácio da Cultura, virado Ildo Lobo, saudoso amigo, por causa da escuridão, parece uma grande ironia. A Electra tem cada uma. Isso é coisa que se faça em tempos de Claridade! Haja luz, de Kafuka (ó vida breve) ou de podogó, quem sabe de reeditada Pró-Cultura, para que as Artes fluam nessa Casa, desenhada sim para ser um centro cultural vivo e animado, movimentado e agitado...Escancaradamente, como quis seu criador. Bem, quanto ao cheirar a cemitério - onde guardas dormem tranquilamente e as aranhas se instalam comodamente...E o lugar anda a precisar de um orçamento, de um curador e de uma parceria público-privada. Direi o mesmo do Auditório Nacional Jorge Barbosa. Do Museu da Tabanka. Do Centro Cultural de Santa Maria. E do Centro Cultural do Mindelo. O Estado a definir padrão, a agência a regular e o privado a disseminar cultura – figurino que me parece mais consentâneo. Haja luz, a tal que António Aurélio Gonçalves vaticinou em “Virgens Loucas”. Deus há de “helpanu...móoodi”. E longe de nós que o Palácio da Cultura venha abaixo. Nem por alegoria, ó pessoal...
3. Bomba termonuclear
Estou a imaginar as ilustres cabeças pensantes diante do Palácio da Cultura. No banco dessa praça, onde um projecto de bomba termonuclear ainda paira no ar. Já viram o piso com "Pano di Terra"? Para lá de chique, convenhamos. Para compor quadro tão surrealista, apareciam meia dúzia de bois a pastar. E como bebedouro, o não menos ilustre tanque, ora armado em fonte luminosa...
Elucubrações em torno da Praça Alexandre Albuquerque tem havido muitas. Nem todas fazem vênia ao seu traçado monumental, com áurea de praça mexicana clássica, estando num lado a igreja e a justiça, depois a edilidade e o clube social, no terceiro lado, a banca e o comércio e no quarto, a fechar o quadrado, os sobrados. Os cantos são os reis de um baralho de cartas: o rei de copas (Carlos Magno), o rei de paus (Alexandre Magno), o rei de ouros (Júlio César) e o rei de espadas (Rei David). No meio, a fonte da vida, que passa os munícipes pela “água”, e a guarita, onde a banda municipal, com valorosos “musguêros”, a redundar certo repertório. Havia também uma esplanada que foi mandada destruir por um edil num assomo estético-desconstrutivista ou possuído pelo finado de Nero, o Imperador, que, num dia de “blue devil”, mandou queimar Roma. O certo é que, mais dia, menos dia, mexendo essa Bastilha, faremos construir, pedra por pedra, a velha Esplanada 12 de Setembro, imortalizada, aliás, num poema de Arménio Vieira, a.k.a., na praceta mais acima, por Conde de Silvenius...
2. Haja luz
Parar o Palácio da Cultura, virado Ildo Lobo, saudoso amigo, por causa da escuridão, parece uma grande ironia. A Electra tem cada uma. Isso é coisa que se faça em tempos de Claridade! Haja luz, de Kafuka (ó vida breve) ou de podogó, quem sabe de reeditada Pró-Cultura, para que as Artes fluam nessa Casa, desenhada sim para ser um centro cultural vivo e animado, movimentado e agitado...Escancaradamente, como quis seu criador. Bem, quanto ao cheirar a cemitério - onde guardas dormem tranquilamente e as aranhas se instalam comodamente...E o lugar anda a precisar de um orçamento, de um curador e de uma parceria público-privada. Direi o mesmo do Auditório Nacional Jorge Barbosa. Do Museu da Tabanka. Do Centro Cultural de Santa Maria. E do Centro Cultural do Mindelo. O Estado a definir padrão, a agência a regular e o privado a disseminar cultura – figurino que me parece mais consentâneo. Haja luz, a tal que António Aurélio Gonçalves vaticinou em “Virgens Loucas”. Deus há de “helpanu...móoodi”. E longe de nós que o Palácio da Cultura venha abaixo. Nem por alegoria, ó pessoal...
3. Bomba termonuclear
Estou a imaginar as ilustres cabeças pensantes diante do Palácio da Cultura. No banco dessa praça, onde um projecto de bomba termonuclear ainda paira no ar. Já viram o piso com "Pano di Terra"? Para lá de chique, convenhamos. Para compor quadro tão surrealista, apareciam meia dúzia de bois a pastar. E como bebedouro, o não menos ilustre tanque, ora armado em fonte luminosa...
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