O sol descreve em arco as cores,
Que outrora foram olhares e gracejos,
Rápidos dizeres, vitrais, ladrilhos, estores
E o psicadélico das músicas nas catedrais …
De uma janela recuada e solitária,
Em solilóquios de tantos solfejos,
Reapareces, sombreada e decalcada,
Pura imagem no vórtice do pensamento…
Mas não eras tu tão-somente,
Quando as flores, os frutos e as nuvens,
Pasmos de espumas iam-se em pano e seda…
Natureza morta e viva, feita e reciclada,
Vezes sem conta em que eras, ó tecitura,
O meu soletrar nas calhas…só pamódi!
Filinto Elísio
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