segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Livros, génios, memórias…et tu danses



Mote…sem provocações

O teu email veio mesmo a calhar. Concordo contigo se dizes: não há ser humano, por mais brilhante que seja, que escape à pena ou à sanha dos invejosos, dos tolos ou dos ignorantes”. Novas de Cabo Verde? O que dizes também sobre as movimentações políticas não constituíram surpresa. Os políticos comportam-se da mesma forma. Sem luz própria. Densificam-se. Como num drama de Shakespeare. Deviam ler o livro "O Prisioneiro Fugido: Quando Deus é um Monstro", de Wafa Sultan, uma psiquiatra americana, nascida na Síria. De resto – Je sais que tu danses- como naquela canção de Francis Cabrel:


Je vois dans mes nuits écarlates,

Des diables et des dieux qui se battent,

Devant tes cheveux qui se balancent.


Por dentro da mente de Leonardo Da Vinci

Mal chego à Universidade, agora sob a efervescência do Mundo UNIFOR, dou de caras com a exposição “Por dentro da mente de Leonardo Da Vinci”, que veio de Florença para Fortaleza. A mostra consta de 40 modelos sobre os desenhos originais de Da Vinci, que podem ser vistos até 19 de Novembro. Os protótipos, segundo o curador da exposição, estão divididos em várias categorias: máquinas civis, como a bicicleta e o mecanismo helicoidal; máquinas de guerra, como escavadora de trincheira e projécteis ogivais; máquinas de ar, como o pára-quedas e o planador; e ainda as máquinas de água, como a draga e a embarcação de casco duplo. O visitante não pode deixar de ficar pensativo – filosoficamente pensativo, diga-se – diante da genialidade de Leonardo Da Vinci. Os códigos que produziu, misturando enigmas e axiomas, revelam que o ser humano é ilimitado. Se tanto, o céu por limite…

Caravaggio...mais poderoso que a morte

Falando dos grandes, leio a biografia de Michelangelo Merisi da Caravaggio, escrita pela romancista Francine Prose. O bibliotecário da Universidade, com quem tenho tido conversas interessantes, me recomendou a obra. Não apenas para eu saber mais um pouco sobre o grande pintor que morreu em 1610 aos 39 anos, mas para ir ao fundo de um génio que a seu tempo fora considerado maldito, pedrasta e violento. Segundo Prose, "tendo gasto sua vida breve, trágica e turbulenta pintando milagres, ele conseguiu criar um - o milagre da arte, o milagre da maneira pela qual alguma tinta, poucos pincéis, um quadrado de tela, junto com o ingrediente mais essencial, génio, pode produzir algo mais forte que o tempo e época, mais poderoso que a morte".


Wolfgang Amadeus Mozart

Pensar em Da Vinci e em Caravaggio, exigiria uma música de fundo. Felizmente há rádios FM que tocam Esurientes implevit bonis, de Claudio Monteverdi. O coro é das crianças da Catedral de Salisbury. Um bálsamo. Falando nisso, há quatro anos o Pablo nascia no Beth Israel Deaconess Hospital. A parteira falou no seu bostoniano castiço do Mozart Effect, estudos sobre o desenvolvimento dos bebés que ouvem o grande músico. Ela acabou por oferecer ao “baby boy” um CD, de Mozart…naturalmente.


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