terça-feira, 31 de outubro de 2006

Cada poema um epitáfio

Não me canso, como um asceta, de gritar Eis Fortaleza, a Bela. Faço-o não para ensaiar uns versos épicos, mas para repetir o escrito num outdoor que me rouba a vista. Desta janela vê-se a languidez do oceano. E quando um barco vai á linha do horizonte, sou um Albatroz. Sem nostalgias, pois não há tempo para estados da alma. Mas os meus desejos não têm sintaxe. Nem são coisas axiomáticas. Eles saõ plenos e autênticos. T. S. Eliot, o maior dos poetas, teria dito que cada poema é uma plenitude. E o mestre enunciou-se assim em “Little Gidding”: “Cada frase e cada sentença são um fim e um princípio, / Cada poema um epitáfio”…

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