sexta-feira, 5 de maio de 2006

Lokua Kanza, eu e o Dia da Cultura


Lokua Kanza
Fim de tarde. Horas esquecidas a escutar Lokua Kanza, Arnaldo Antunes e Tcheka Andrade. Gosto de misturas. Um espécie do DJ Maluco que mandava tocar U-2, Bob Marley e Beethoven. A 9ª Sinfonia, imaginem. Lokua Kanza canta agora Shadow Dancer. A primeira vez que escutei Lokua Kanza estava em Genebra, mais precisamente na Gare de Cornavain. Nevava. Agora chove...
Um lauto banquete de sons

Manuel Delgado escreveu, no Paralelo 14, que Lúcia Cardoso nos esmagou com a sua voz bem timbrada, um repertório todo ele brasileiro, mas do fino (Tom Jobim, Chico Buarque, Edu Lobo, Ivan Lins, Ary Barroso), pondo a voz lá onde a queria pôr sem nenhum esforço, como acrobata que treina muitas horas por dia. Lúcia traz ainda para os palcos cabo-verdianos algo que falta até à Cesária: presença em palco. Manel dixit...
Xoo
Hora do lanche. Canja quentíssima. Goiabada, pão de forma, queijo de Minas, catupiry e aipim. É Dia da Cultura da CPLP. Publica-se, diz a imprensa, o livro "Cabo Verde - 30 anos de Cultura". Brinda-se por cá com caipirinha. Outras paragens...

1 comentário:

Son di Santiagu disse...

Caro Filinto, não só Manel Dixit, Son di Santiagu também deixou uma nota e aqui vai para os albatrozianos...

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LUCIA Cardoso - Um banho de canto


1. O concerto de Lúcia Cardoso, para os que realmente gostam de música, gostam do canto, da lírica e da melodia foi um encanto. Ou um espanto.
Surpreendeu de certeza a muita gente não só pela voz que consegue, mas pela capacidade de interpretar versos lindíssimos. Pudera, Lúcia decidiu não fazer o mais fácil, cantar coisas fáceis. Como ela mesma disse, escolheu o reportório do mais clássico do MPB (Vinicius, Tom Jobim, Baden Powel, Chico Buarque e outros) pelo “desafio do ritmo e das harmonias”. Bem dito. Acrescentava, pelos temas que são. Que a Lúcia continue esta viagem no filão da boa música brasileira, afinal muito desse filão é completamente “desconhecido” do nosso “público”. Foi acompanhada por Ricardo de Deus (Piano - uma performance à Ricardo), Raul “Houss” (Percussão) e Tó Tavares (Violão).
Obrigada pelo concerto e pelo “Canto de Osanha”.

2. Parabéns ao pessoal da Casa Cor de Rosa por esta iniciativa e por dar um sinal de que este espaço pode ser útil para se fazer eventos culturais. Que venham mais centenas…

3. Muita gente atrapalhou o concerto. O camera-man que achou que tem o tempo que entender para as imagens, os telemóveis que tocam, as mantenhas e claro as pessoas (VIPs até) que chegam com um hiper atraso, entram na sala e desequilibram todo um ambiente. Estas pessoas querem realmente ver e sentir o concerto, ou vão porque vão?