Eu sempre fui fã de Mayra Andrade, de modo que sou suspeito. Desde a primeira vez que a ouvi, ainda pupila do malogrado Orlando Pantera, o mais inovador dos modernos músicos cabo-verdianos, apercebi-me diante de uma estrela em ascenção. Tempos depois, em 2001, ela ganhava a Medalha de Ouro nos Jogos da Francofonia, no Canadá. E ganhara com a composição “Lua”, de Princesito, de certa forma descoberto por mim no Programa Cultural Summer Stravaganza, na cidade da Praia. De então a esta parte, Mayra tem sido sempre a boa nova que amplia o nome de Cabo Verde e a sua música. Em várias paragens, onde não sei se por sorte tenho ancorado, a fama de uma menina linda e inteligente, com voz de rouxinol, ecoa nos lugares. Ora, cantando mornas à boa maneira de Cesária Évora, ora interpretando batuques qual Tcheka Andrade em transe, quando não recriando poética como Mário Lúcio no terreiro. Ela acaba de lançar um álbum. Em verdade, o primeiro álbum. Com uma plêide de gente boa e calibrada. Desejo-lhe sorte e ventura, pois no showbizz talento não é tudo. Que tenha sucessos e que continue a afirmar, mesmo que a força bruta diga o contrário, que Cabo Verde está na moda. Viva Mayra! Navegando. Eh, pá…sou suspeito!
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