Todo aquele que escreve, em língua portuguesa, sonha com o Prémio Camões. Uns, assumem que sonham. Outros, fingem que não gostam do galardão e dos cem mil euros. Mas poucos, pouquíssimos, são Luandino Vieira. Eu li coisas de Luandino Vieira, ao tempo em que essas coisas eram proibidas. Eu sabia de Luandino Vieira, ao tempo em que ele era preso político no Campo de Concentração do Tarrafal. Eu acompanhava Luandino Vieira, ao tempo das independências, quando os colonialistas zarparam e deixaram os oportunistas a tratar da saúde do povo. Eu compreendo a sua recusa. Viva Luandino Vieira. Só pela recusa, eu lhe dava mais um prémio – o da Dignidade! Luaanda…
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