quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

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Simone de Beauvoir, escritora e feminista francesa

por Rubem Queiroz Cobra

A escritora francesa e feminista, Simone De Beauvoir nasceu a 9 de Janeiro de 1908, e faleceu a 14 de Abril de 1986, em Paris. Participante do grupo dos filósofos que deram uma transcrição literária aos temas do Existencialismo, ela é conhecida primeiramente pelo seu tratado Le Deuxième Sexe (1949 - O Segundo Sexo), um apelo intelectual e apaixonado pela abolição do que ela chamou o mito do "eterno feminino". Esta notável obra tornou-se um clássico da literatura feminista.

Educada em instituições privadas, Simone depois freqüentou a Sorbone onde, em 1929, concluiu filosofia e conheceu Jean-Paul Sartre, começando com ele um companheirismo por todo o resto da vida. Ela leccionou em várias escolas (1931-43) antes de voltar para a escrita. Em 1945, ela e Sartre fundaram e começaram a editar Les Temps modernes, uma revista mensal, da qual eles próprios eram os principais colaboradores.

As suas novelas abordavam os principais temas existencialistas, demonstrando o compromisso do escritor com sua época. L'Invitée (1943 - "A convidada") descreve a destruição do relacionamento de um casal subtilmente provocada pela permanência prolongada de uma jovem na própria casa, e também trata do difícil problema de relacionamento da consciência individual com a outra. A sua obra mais conhecida talvez seja é Les Mandarins (1954; Os mandarins), uma crónica sobre os intelectuais do pós-guerra, "mandarins", em face ao engajamento ao ativismo político, uma lição que os intelectuais de esquerda e seus admiradores aprenderam com rapidez em todo o mundo.

Ela também escreveu quatro livros de filosofia, Pour une Morale de l'ambiguité (1947 - "A ética da ambigüidade"); livros de viagens sobre a China La Longue Marche: essai sur la Chine (1957 - A Longa Marcha: ensaio sobre a China) e L'Amérique au jour de jour (1948 - "A América dia a dia), e vários outros ensaios, dos quais o mais conhecido é o referido "O Segundo Sexo".

Vários volumes de sua obra são devotados à autobiografia. Esses incluem Mémoires d'une jeune fille rangée (1958 - Memórias de uma filha diligente), La Force de l'âge (1960 - O vigor da idade), La Force des choses (1963 - A força das coisas), e Tout compte fait (1972 - Tudo dito e feito). Esses trabalhos mostram um retrato claro e significativo da vida intelectual francesa dos anos 30 aos anos 70.

Preocupada também com o problema da velhice, que ela aborda em Une Mort très douce (1964 - "Uma morte suave"), sobre a morte de sua mãe num hospital, e La Vieillesse (1970; Old Age), uma amarga reflexão sobre a indiferença da sociedade pelos velhos. Em 1981 ela escreveu La Cérémonie des adieux ("Cerimônia do adeus"), um doloroso relato dos últimos anos de Sartre. Considerada uma mulher corajosa e íntegra, Simone de Beauvoir viveu de acordo com sua própria tese de que as opções básicas de um indivíduo devem ser feitas sobre a premissa e uma vocação igual para o homem e a mulher fundadas na estrutura comum de seus seres, independentemente de sua sexualidade.

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