Parabéns a você
É big, é big, é big, é big...Hoje a aniversariante é Telma, uma amiga dilecta, poetisa e amante do jazz. Estou a vê-la no restaurante da Gallery. Como sempre o jambalaya era o meu prato predilecto. O que custou convencer ao Jean, cozinheiro, que eu era crioulo de Cabo Verde e não da Louisiana. Depois, quem sabe no Wally´s – jazz, blues, zydeco, gospel, rhythm n' blues, soul e brass band – para uma sessão de champanhe no gelo.
Zydeco
Dentre os géneros musicais de Nova Orleans , sobressai o dançante zydeco (ritmo criado pelos negros da Louisiana nos anos 30). Há tempos, vi um documentário televisivo, do jornalista Júlio Rodrigues, em que reportava o encontro do conjunto Ferro Gaita com o zydeco, revelando as afinidades entre os dois estilos e a sintonia (ou sinfonia?) da grande diáspora africana. Um acordeão (levado por imigrantes alemães) e acompanhado do típico frattoir, também chamado de washboard, nada mais que uma tábua de lavar roupa usada como instrumento de percussão, lembra em tudo a gaita e o ferrinho do interior de Santiago.
Wally´s
Já vos falei de Wally´s, pela certa. É um pub, em plena Mass. Ave, que fica não muito longe da 10th Queensbury Street, meu estúdio dos primeiros anos da América. Gostava de lá ir às sextas-feiras para curtir a jam session, uma das facetas mais admiráveis da música. É o resultado evidente da maturidade criativa dos músicos de jazz. É uma maneira de transgredir o estabelecido e abrir caminho ao inesperado. Uma jam session é uma ocasião única, pois o estado de ânimo nem sempre é o mesmo.
No A Semana
Li, há duas semanas atrás, um excelente artigo assinado pelo meu amigo José Vicente Lopes sobre a situação da justiça em Cabo Verde. A situação é deveras brava e reclama uma mudança profunda. Mais até que nas Alfandegas, onde há coisas assaz cabeludas. Mas no que toca ao meu caso, ou melhor ao caso do senhor advogado José Manuel Pinto Monteiro contra mim, a situação é mais caricata e para lá de cabeluda. Primeiro, o processo foi acelerado, contrariando a franciscana morosidade da justiça cabo-verdiana. Depois, montou-se uma grande falácia, já que o artigo do Visaoonline, jornal americano e digital, hoje extinto, que provocou o quiproquó, não foi escrito por mim, nem estava assinado, além de que, na altura, eu não era director e/ou editor desse órgão. Só que não devo, nem temo. E estou mesmo pronto para acompanhar a palhaçada até ao fim. Haja saco!!!
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