De todas as estradas, algumas por andar,
As de sinuosa curva das palavras, a mais íngreme,
Com metáforas penduradas ali no peitoril,
São as que, por visceral, me motivam à Poesis…
Não te direi tudo dos verbos, de como,
No topo de abril, dos carapetos e cumes,
De outros parapeitos, onde a semântica, ciosa,
Se refugia silenciosa entre mim e o nada …
Virar, em passe de mágica, as cores de avesso,
Transmutar, pelo reverso, fiapos soltos de rosa,
Prosa que também se solta às flores que voam…
Olhar, quando não sentir, só o das borboletas,
O dos arfares na calada e o dos suores receosos,
Deste recheio do êxtase, de tudo ser nada disto…
Filinto Elísio
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