sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Pó de ti


É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca

Pelo malmequer ou flor outra qualquer,
Tal qual sibilina fraqueza tenho pela rosa,
Amarei sem fronteira, com verso e prosa,
Toda a cor que, em arco-íris, vira mulher…

Dulcíssima lua, quando vens nua, à noite
E silencias, em tudo, do áspero à pelúcia,
Tendo mãos de veludo, quando não pedra,
E policias o vício lodoso destes momentos…

Sem lírica, meu poeta, que somos navegantes,
Temos (deste mapa) grafias e fotos tatuados,
Somos grafites, letras sem rima, arguidos…

Por mais que dilate esse teu olhar distante,
Sobre a dor e a nostalgia, de nenhum alarde,
Saberás como, aqui, se esponja o “pó de ti”…
Filinto Elísio

Sem comentários: