Olhavas para lá das pedras
Terras e mares, outros ares,
Medras de amoras em flor,
Tua tralha de cada viagem…
E ao fim desse cipreste,
Qual ave turbulenta, contas
Moinhos, monstros e tantas
Robustas sombras de ti…
Caindo a noite, nesse parque
Como em teu coração, choravas,
Baixinho, o apanágio divino,
Flagrantes de outros amores…
E depois, em nada, puro vazio,
A paisagem se anulando longe,
Pétala caindo de tua figura breve
Fugaz de um amor sem limites…
Filinto Elísio
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