domingo, 12 de agosto de 2007

O letreiro do Hotel de la Paix




De tudo, fica um pouco: fiapos de Baudelaire,
Imagens e manchas de ti no meio do lago,
Fio de lágrima escorrido, esse fogo de artifício,
Pegadas em mim do que foste, sobretudo...

Bocados de Rossini, de Verdi e de Respighi,
Teu gostar de prata, de viagem e de nuvem,
Esse ainda brilho com que ouvias, encantada,
Como eu vira, lindas, auroras de Marraquexe...

Ficam, de teres vivido, teu halo de Mystère,
Esse élan de seres afinal esfinge, musa e lira,
E na luz do teu sorriso - Codigo de Da Vinci...

As montanhas de Cabo Verde, estas ficam
E navegam comigo tempos e lugares, estas,
Quais cisnes, o letreiro desse hotel, que és tu...

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