quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Estios - perdidos & achados


O cheiro a café mistura-se a chocolate e a pão quente. Chemin de Carabout. Faz uma manhã de griso. E chove. Os poetas arrogantes são tigres de papel. Leio, quase a rir, dos versos online com que, em desagravo, te homenagearam, meu poeta. Gostei tamhém foi do Abraão que exortou à Eileen a não se deixar levar pelos tremeliques da canalha. Importa não ser intelectual com respiração assistida. E aqui à mesa: o ovo meio cozido, passado a manteiga. A salada de frutas. Pressinto a tua imagem e vale mais amar que ser doutrem amado. Temos sido estios perdidos, que foram longos anos de me alombar contigo. Tudo é cumulativo - dos Alpes aos montes da minha terra. Deitar novas achas à fogueira, quem sabe. Mas, olha, não me meço em tantas demoras, estando tu à minha espera. E, como diria Sophia de Mello Breyner Andresen, não creias, Lídia, que nenhum estio, por nós perdido possa regressar...

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