O Passargadeiro
Híbrido, como naquela música de Gilberto Gil, em que o Mestre cantava (…) Micheal Jackson ainda resiste, porque, além de branco, ficou triste (…), o meu compadre se entregava ao solilóquio. Nenhuma luz, nenhuma claridade, na boca do porto. Estava mergulhado “en detrésse”, dilema de muito crioulo. Ser branco ou preto. Ser branco e preto. Ser colorido. Destoado. Monocromaticamente castanho. Magenta. Mais África ou mais Europa. Nem África, nem Europa. Outrora, mandinga, ora, judeu. Estar Macaronésio. Ou, quem sabe, Atlântico. Precisamente, Atlântico-Médio. Com NATO e tudo. Crioulo sooooooofre, porra!
Dondágu ta ziguina na lagoa
Li, no Blog Son di Santiagu, uns versos de Kaká Barbosa e o meu dia ficou mais claro. Mais luzidio. Há poetas que, mesmo coloquiais, conseguem a imagem das nossas lembranças ulteriores. Não consigo descortinar a poesia de Kaká Barbosa sem uma trilha de música ouvida no antanho. Do som. De uma sonaridade, que só a língua materna e matricial nos empresta. Chorar e rir mesmo, já dizia Jô Soares, só na língua da gente. Pena que, entre nós, falte coragem para a oficialização desta sentimentalidade. Que pacóvios! Dondágu ta ziguina na lagoa…que lindos versos!
Debate blogueiro
Às tantas, no debate blogueiro, alguém conhecido pelas intransigências bairristas, fica fiteiro e tomado de nove horas quando se fala contra as hegemonias. Fazer o quê? Isto faz lembrar aquela velha anedota: "O leão, rei dos animais, juntou toda a bicharada e anunciou: - Iremos exterminar os animais que tenham boca grande!- Coitadinho do crocodilo! - comentou o hipopótamo, entrementes".
Saint-Valentin
No Blog, do jornal Le Monde, minha leitura obrigatória, um homem declarou-se assim: Ma princesse, mon amour, mon tout, mon autre moi-même, je t´aime. Tudo dito…
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