segunda-feira, 16 de julho de 2007

Givin’ It Up

Givin’ It Up

Acordo cedo a ouvir o álbum “Givin’ It Up”, de George Benson e Al Jarreau. Confesso precisar disto, de vez em quando. Não que eu tire os pés do chão, mas sinto que o meu chão é mais largo. Se calhar, maior do que o meu horizonte. A ligeira impressão do infinito. E esta música é meio “breeze”, mas…liiiiiiiiinda. E porque não?


Palácio da Cultura Ildo Lobo

Um estranho quiproquó em torno da presença de um posto comercial da Electra nas facilidades do Palácio da Cultura Ildo Lobo. Não que eu ache interessante a gente chegar ali e deparar com a cobrança de água e energia, e não descortinar intensa actividade cultural. Nada tenho contra que um centro de cultura traga embutidos outros serviços de facilitação geral, desde que não o faça em detrimento do seu “core business”, no caso, a Cultura. Havendo agenda cultural, permanência e dinâmica culturais, nada obstaria que o Palácio também oferecesse outros serviços (tipo Loja de Cidadão, por exemplo). A questão de fundo não é a Electra, meus amigos. Estará o Palácio da Cultura Ildo Lobo, ora desfalcado dos meios e recursos, sem curador, nem orçamento, em condições de dar à cidade da Praia, que é hoje uma grande complexidade cultural (em demanda e oferta, bem como em qualidade e diversidade), o que realmente se almeja? As soluções público-privadas para o Palácio da Cultura Ildo Lobo e outros centros públicos de cultura (em torno do país, diga-se) não seriam consentâneas com o que se quer, afinal? O problema não será mais global do que particular, mais de fundo que de circunstância? Vamos pensar as coisas pelos fundamentos e não pelas consequências. É a causa das coisas o busílis da questão. Com ou sem Electra…


Combate por Cabo Verde

Como um dos apresentadores do livro, “Combate por Cabo Verde”, de Felisberto Vieira (Filú), andei por estes dias por Porto Novo, Ribeira Grande, Mindelo, Espargos, Assomada, Mosteiros e São Filipe. Diferentes lugares e diferentes públicos, mas todos ensinam a dimensão deste Arquipélago – em strictu sensu – Global. Tal como este itinerário, o livro é uma proposta de reflexão e debate com a visão própria, muito própria, de Filú, um dos grandes protagonistas da política contemporânea, em Cabo Verde. O autor traz cenários e temas para uma discussão alargada da cidadania. Cá por mim, o livro não pára aqui. Nem agora. Há obras que alavancam uma certa prospectiva. Precisamos que mais escritas assim. Do Filú. E dos outros…

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