1.
Em verdade, os Kings of the Mambo, cada um com as suas razões, pretendem jogar fora a água suja do banho, não se cuidando do menino que ali vai. Seria preciso uma análise de fundo, não só para destrinçar o cujo das calças, mas para apartar a “fergadura” da criança ora lavada. O Palácio da Cultura Ildo Lobo é, sem dúvida, um grande equipamento cultural na cidade da Praia. Mas, a par da infra-estrutura, ele demanda outra dinâmica de produtos e serviços culturais, em quantidade e qualidade. O tal “mau gosto”, a que se refere alguém a soldo e a saldo, reclama uma desmontagem pela reconfiguração e reformatação do Palácio da Cultura. É que nada acontece por acaso. E tudo, à claridade ou à sombra, anda afinal ligado. Até onde vai o Mambo para o gáudio dos Kings?
2.
Outra solução, que não a da unidade de cobrança da Electra, urge ao Palácio da Cultura Ildo Lobo. Ouvindo uns e outros, creio legítimas, mais do que legítimas, as reivindicações sobre a requalificação do Palácio da Cultura, em termos de dinâmica e animação. Um verdadeiro centro cultural será aquele com orçamento, curador e agenda cultural. Cultura on going. Insisto na solução de parceria público-privada. Válida para o Palácio da Cultura Ildo Lobo, o Museu da Tabanka, o Centro Cultural do Mindelo, o Auditório Nacional Jorge Barbosa, o Centro Cultural de Santa Maria e – porque não? – o Centro Nacional de Artesanato, entre outros. Doutra forma, é o que se vê: erros de paralaxe, excessos de Estado, deficits de privado, Electra pelo meio…e Cultura em circunstância!
3.
Piano, piano, pianíssimo, meu caro. Contestemo-lo, mas devagar. Os budistas recomendam alguma demora ao redor de uma simples flor. Ou de olhar mais compenetrado ao frágil voo da borboleta na China, que pode desencadear tempestade no Peru. O velho, a matar amanhã, está morto, desde ontem. Mas, nem por isso chove a cântaros nos meus desejos de tudo em torno falar mantenha…
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