sábado, 28 de julho de 2007
Non, je ne regrette rien
Non ! Rien de rien
Non ! Je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait
Ni le mal tout ça m'est bien égal !
Non ! Rien de rien
Non ! Je ne regrette rien
C'est payé, balayé, oublié
Je me fous du passé !
Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu
Mes chagrins, mes plaisirs
Je n'ai plus besoin d'eux !
Balayées les amours
Et tous leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro
Non ! Rien de rien
Non ! Je ne regrette rien
Ni le bien, qu'on m'a fait
Ni le mal, tout ça m'est bien égal !
Non ! Rien de rien
Non ! Je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies
Aujourd'hui, ça commence avec toi !
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Uma didáctica qualquer
1.
Estará a faltar entre nós a pedagogia da Arte, a didáctica para se ensinar e se aprender, apreendendo, a Arte. Torna-se, não só possível, como necessário, educar a percepção, a imaginação, a observação, o raciocínio e o controle motor. Educação para a Arte, sim senhor. Sem deixar o lado espontâneo, do cognitivo das coisas, a Arte tem a ver com a elaboração, a “ciência & o engenho”, que demandam mais cultura e permanente aprendizagem. Não acreditando tanto no “bon sauvage” ou, como diria o Pranchinha, "brabu na txada", nesse sem critério puro do gostei/não gostei, a minha modesta opinião é pela Educação para a Arte. Entre nós, torna-se imperioso discutir iniciativas que contemplam rupturas de paradigmas e que negociam novas fronteiras entre a Arte e a Educação. Introduzindo nesse processo, entretanto, a arte da Educação…
2.
Não se escuta a música de Prince, "deseducadamente". Tão pouco se olha assim para "Guernica", de Pablo Picasso...
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Sorriso
Acordei-me a sorrir. Há muito que não o fazia, confesso. Vou a janela e creio estar apaixonado. Pelo mundo, sobretudo. Pela vida fluente em mim e que desagua nos outros. E vice-versa. Por ti, naturalmente, que és a minha musa ancestral. Vou auscultar o meu coração, a minha tensão arterial e a minha poesia. Não devem estar normais. Estarão, no mínimo, em estado interessante. Levianíssimos da silva. Demo-nos de caras ao espelho e imaginei-os a cuidarem de mim. O que pensariam eles de mim? Agora que vou ao teu encontro…
Se antes, retive este ímpeto, saberão também eles, como num poema de Neruda, que tiritam azuis os astros no céu. Em Paris, sob a chuva fina de Montparnasse, soube que não és virtual, mas de carne e osso. Só tu tens a dimensão, quiçá inatingível, de perscrutar o voo dos albatrozes. És imponderável em tudo e não te fias em molduras. E isso me fez bem. No mais fundo de mim…
Frágeis e “deboles”, como todos os seres, afinal finitos e relativos, angustiados sempre diante da “pedra no meio do caminho”. Por mim, estamos mais que conversados, sublimados e curados. Amigos, a sermos, havendo portas e janelas abertas. Colaboradores, o quanto baste, em prol de um mundo melhor. Livros, para ler, mesmo os deixados nas partidas. Nada de dramas, que estes são ridículos e não pagam os sofrimentos. Grandes remédios – ah, antídotos dos venenos todos – estes que emanam dos males reciclados…
Acordei-me a sorrir e estas palavras, soltas e desconexas, são um exercício de fragilidade. A ver se me concedo aos voos da minha alma…
sexta-feira, 20 de julho de 2007
O tigre a tigretude
Hoje, mais do que nunca, entendo as razoes de Almada de Negreiros ter escrito “A Cena de Ódio”. Esta província também não é fácil. Estarão eles habituados ao preto dócil, domesticado e civilizado. Admoestado nos salões do império e empedernido nas sapiências da metrópole. Esse não. Não serei eu o órfão desse império. O Pai Tomás da Cabana. O serviçal, meio capataz, chefe de secção, administrativo nas colónias e férias graciosas. Olho-me ao espelho e divirto-me de não ser mulato safado. Ó solitário, este deserto de imbecis…
2.
Dois jornalistas de serviço, desses mauzinhos a polvilhar todas as profissões, gritou literalmente o Carmo e a Trindade, porque, num exercício de livre opinião, chamei de mentecapto a Salazar e de pacóvio a quem nele “votasse”. Naturalmente que não disse tudo, pois, como diria Wole Soyinka, Nobel nigeriano, o tigre não badala a sua tigretude, mas salta na presa para a devorar.
3.
Manda-me o José Luís Hopffer Almada os seus versos. Li-os e fiz aceso comentário. O vate do José é maduro e conseguido. Cheio de tensão e intensidade. Adensada poética, necessária, cada vez mais necessária, entre nós…
4.
Mas há bocado passaram-me pelas mãos os sonetos de Januário Leite. Loiça rara. Colocando cada peça no seu espaço, há poetas que ficam fora do puzzle. Januário Leite é bardo de outra galáxia…
De tudo em torno falar mantenha
1.
Em verdade, os Kings of the Mambo, cada um com as suas razões, pretendem jogar fora a água suja do banho, não se cuidando do menino que ali vai. Seria preciso uma análise de fundo, não só para destrinçar o cujo das calças, mas para apartar a “fergadura” da criança ora lavada. O Palácio da Cultura Ildo Lobo é, sem dúvida, um grande equipamento cultural na cidade da Praia. Mas, a par da infra-estrutura, ele demanda outra dinâmica de produtos e serviços culturais, em quantidade e qualidade. O tal “mau gosto”, a que se refere alguém a soldo e a saldo, reclama uma desmontagem pela reconfiguração e reformatação do Palácio da Cultura. É que nada acontece por acaso. E tudo, à claridade ou à sombra, anda afinal ligado. Até onde vai o Mambo para o gáudio dos Kings?
2.
Outra solução, que não a da unidade de cobrança da Electra, urge ao Palácio da Cultura Ildo Lobo. Ouvindo uns e outros, creio legítimas, mais do que legítimas, as reivindicações sobre a requalificação do Palácio da Cultura, em termos de dinâmica e animação. Um verdadeiro centro cultural será aquele com orçamento, curador e agenda cultural. Cultura on going. Insisto na solução de parceria público-privada. Válida para o Palácio da Cultura Ildo Lobo, o Museu da Tabanka, o Centro Cultural do Mindelo, o Auditório Nacional Jorge Barbosa, o Centro Cultural de Santa Maria e – porque não? – o Centro Nacional de Artesanato, entre outros. Doutra forma, é o que se vê: erros de paralaxe, excessos de Estado, deficits de privado, Electra pelo meio…e Cultura em circunstância!
3.
Piano, piano, pianíssimo, meu caro. Contestemo-lo, mas devagar. Os budistas recomendam alguma demora ao redor de uma simples flor. Ou de olhar mais compenetrado ao frágil voo da borboleta na China, que pode desencadear tempestade no Peru. O velho, a matar amanhã, está morto, desde ontem. Mas, nem por isso chove a cântaros nos meus desejos de tudo em torno falar mantenha…
quinta-feira, 19 de julho de 2007
O sino e a estrela-guia
Como um Albatroz, queria tão-somente voar pelo improvável da Poesia e vasculhar, sem lenço, nem documento, os atalhos do Tempo. Ou da temporalidade, onde nenhuma Claridade ofuscasse a liberdade.
Não tenho nenhuma obra “definitiva” em mente, tão-pouco estou armado em monge budista, ou me afirmo como um eremita de causas, simplesmente o desejo de sair da cena como quem muda de função que já não motiva.
Os meus próximos, todos sem excepção, um tanto surpresos, hão de querer explicações que não tenho e os meus “inimigos de estimação” terão motivos de alguma alegria. É que o sino, para além da campânula e do badalo, é a estranha missa que prenuncia. E até os que me acusam de hermético, não de todo ignorantes, saberão a quantas vai o campanário.
Mas, quiçá a tua voz, inaudível para os demais, me alerte (esse teu apanágio de anjo bom): - Olha, que ainda as coisas não estão maduras. Há filhos a educar, caminhos a trilhar, revoluções a fazer! Aos outros custa acreditar que, pelo menos por ora, a tua voz é minha estrela-guia…
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Givin’ It Up
Acordo cedo a ouvir o álbum “Givin’ It Up”, de George Benson e Al Jarreau. Confesso precisar disto, de vez em quando. Não que eu tire os pés do chão, mas sinto que o meu chão é mais largo. Se calhar, maior do que o meu horizonte. A ligeira impressão do infinito. E esta música é meio “breeze”, mas…liiiiiiiiinda. E porque não?
Palácio da Cultura Ildo Lobo
Um estranho quiproquó em torno da presença de um posto comercial da Electra nas facilidades do Palácio da Cultura Ildo Lobo. Não que eu ache interessante a gente chegar ali e deparar com a cobrança de água e energia, e não descortinar intensa actividade cultural. Nada tenho contra que um centro de cultura traga embutidos outros serviços de facilitação geral, desde que não o faça em detrimento do seu “core business”, no caso, a Cultura. Havendo agenda cultural, permanência e dinâmica culturais, nada obstaria que o Palácio também oferecesse outros serviços (tipo Loja de Cidadão, por exemplo). A questão de fundo não é a Electra, meus amigos. Estará o Palácio da Cultura Ildo Lobo, ora desfalcado dos meios e recursos, sem curador, nem orçamento, em condições de dar à cidade da Praia, que é hoje uma grande complexidade cultural (em demanda e oferta, bem como em qualidade e diversidade), o que realmente se almeja? As soluções público-privadas para o Palácio da Cultura Ildo Lobo e outros centros públicos de cultura (em torno do país, diga-se) não seriam consentâneas com o que se quer, afinal? O problema não será mais global do que particular, mais de fundo que de circunstância? Vamos pensar as coisas pelos fundamentos e não pelas consequências. É a causa das coisas o busílis da questão. Com ou sem Electra…
Combate por Cabo Verde
Como um dos apresentadores do livro, “Combate por Cabo Verde”, de Felisberto Vieira (Filú), andei por estes dias por Porto Novo, Ribeira Grande, Mindelo, Espargos, Assomada, Mosteiros e São Filipe. Diferentes lugares e diferentes públicos, mas todos ensinam a dimensão deste Arquipélago – em strictu sensu – Global. Tal como este itinerário, o livro é uma proposta de reflexão e debate com a visão própria, muito própria, de Filú, um dos grandes protagonistas da política contemporânea, em Cabo Verde. O autor traz cenários e temas para uma discussão alargada da cidadania. Cá por mim, o livro não pára aqui. Nem agora. Há obras que alavancam uma certa prospectiva. Precisamos que mais escritas assim. Do Filú. E dos outros…
sexta-feira, 6 de julho de 2007
A Fonte de Sangue
Assim qual uma fonte em rítmicos soluços.
Eu bem que o escuto numa súplica perdida,
Mas me tateio em vão em busca da ferida.
Pela cidade vai, como entre espessos buxos,
As lajes transformando em ilhas e repuxos,
Matando a sede em cada boca ressequida
E a paisagem deixando em púrpura tingida.
Muitas vezes pedi a um vinho caviloso
Aplacar por um dia o horror que me domina;
O vinho aguça o ouvido e os olhos ilumina!
Busquei então no amor um sono descuidoso;
Mas o amor para mim é um leito de suplício
Que a sede há de saciar a essas ninfas do vício!
Charles Baudelaire
Live Earth set to rock the world on July 7
by: Catherine Hours 4 July 2007
From New York to the Antarctic, from Shanghai to Rio de Janeiro, the world is getting ready to rock Saturday as organizers of the Live Earth events seek to raise awareness of global warming.
Some 7,000 events in 129 countries including eight giant concerts are being promoted by former US vice president Al Gore as part of his passionate bid to focus attention on the dangers of climate change.
The 24-hour event on July 7 includes music, theater and other shows and will be broadcast live worldwide to get the message across to two billion people about the need for drastic measures to protect the environment, say promoters.
A wave of music is set to ripple round the globe starting in Sydney then fanning out to Tokyo, Shanghai, Johannesburg, Hamburg, London, New York, and Rio.
Some 150 stars including Police, Genesis, Madonna, Bon Jovi, Ai Otsuka, Eason Chan, Mana, Joey Yung, Shakira, Linkin Park, Rip Slyme and Red Hot Chili Peppers will be taking part.
Smaller concerts will take place in other cities, most notably Kyoto, where countries came together to establish the Kyoto Protocol aimed at reducing greenhouse gas emissions that contribute to climate warming.
Another show will be held at a British base in the Antarctic, where some of the effects of global warming are the most visible.
"This monster line-up will ensure Live Earth meets our goal of bringing together people from around the world to combat the climate crisis," says Live Earth founder Kevin Wall.
"Live Earth will be a monumental event both in terms of entertainment and in turning the tide against global warming."
Gore, whose film "An Inconvenient Truth" about climate change won this year's Oscar for best documentary, says one of the key aims is to urge a massive reduction of carbon dioxide (CO2) emissions by 2050.
"If we are going to solve the crisis, we have to commit, and we have to do it now," he said.
"Live Earth will ask people across the world to commit to changes in their lives and to move other people, communities, companies and governments to reduce our carbon output by 90 percent by 2050 and ensure there is a new, global treaty on climate change by 2009.
"The number of participating countries, has however, fallen short of what organizers had hoped for. No Muslim country is taking part; and Turkey has vetoed a concert in Istanbul for security reasons and a lack of interest.
Plans for a concert on the mall in front of the US Congress in Washington were also turned down by Republican lawmakers.
Wall compared it to organizing 10 soccer World Cups at the same time. The concerts will be carried on television stations and on the Internet, at liveearth.msn.com.
Spectators will be invited to sign a statement on Live Earth's Internet site or by text message.
The event's organizers are also calling on people to support energy conservation and alternative energy sources, to plant millions of trees and protect the world's forests, and to support groups dedicated to protecting the environment.
Gore said he will attend the concert in New York and will also appear at another surprise venue.
Each venue will feature top global performers: in London Madonna, Red Hot Chili Peppers and Black Eyed Peas will headline; in New York, Police and Smashing Pumpkins.
Tokyo will get Rihanna, Linkin Park and a bevy of Japanese stars like Ai Otsuka, while in Kyoto Ryuichi Sakamoto and Rip Slyme will top the bill.
In Rio Lenny Kravitz, Pharrell Williams and Macy Gray will share the stage with Brazilian stars, while in South Africa UB40, Angelique Kidjo and Joss Stone will take the stage. Shakira and Enrique Iglesias perform in Hamburg.
Gore said he had asked the artists to compose songs for the occasion, and praised Black Eyed Peas for promising one and coming up with it in seven days. He also cheered Madonna's offering: "Madonna's song is fantastic," he said.
Ticket sales for the events will benefit The Alliance for Climate Protection led by Gore.
liveearth.org
http://www.climatecrisis.net/takeaction
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Contrapontos, congruências e divergências...
1.
Esta é a manhã de Julho, a mais ditosa de todas as manhãs, há trinta e dois anos conquistada. Levanto-me relativamente tarde. A Rádio de Cabo Verde está com uma programação “patriótica”. Leio alguns textos – uns poéticos, outros nem tanto – sobre a pátria e a anti-pátria. Telefona-me alguém: “Não. Não vou à sessão solene na Assembleia Nacional”. Escrevo, também eu, um poema à pátria. Na primeira estrofe, é angustiosamente existencial. Na segunda, começa a ser marcial, quase épica, tomada de leviandades. Não me atrevo a escrever mais, embora aceite não haver duas sem três. Pois, faz anos, hoje, este grande amigo, de quem não abro mão. Aquele que é nosso, de pertença mesmo colectiva – “Doce Guerra”, como o vaticinou Antero Simas –, mas que, no íntimo, é tão meu, neste paradoxo de ser mais mátria que pátria. Os jornais estrangeiros afirmam estar Cabo Verde numa encruzilhada. Em verdade, é fado desta nação viver nas encruzilhadas. Mas isto…são outros quinhentos, não me referindo aos 5 séculos, naturalmente...
2.
Mudando. Dou umas voltas pelo Monumento ao Emigrante, concebido por mim e o arquitecto Carlos Hamelberg, e contextualizo a crítica (a despautério) do artista Tchalé Figueira. Projectado para corporizar, em padrão e obelisco, uma homenagem ao Emigrante, o dito artista – qual Sancho Pança –, parece não ter apanhado o “clue” do Monumento. Ou se o apanhou – agora numa de Ajonjo Quijano e em mais tristíssima figura –, alinhou-se ora às riolas da “parvónia”. É que o “buraco” é mesmo mais em baixo, Mon Petit. E não há como engolir e trazer desaforos para casa…
3.
Indo, entretanto, a procissão no adro, só queria que isto fosse mais claro. Tenho orgulho de ser cabo-verdiano. Este é um país que, feitas bem as contas, merece os elogios e os aplausos que recebe. Naturalmente que o muito que já se fez ainda é muito pouco. Amor a amor; dor a dor, como diria o Poeta. E todos nós, inteiros, nesta combustão louca de sermos Nação. Em verdade, mais não digo, devendo, agora, levar a passear o Pablo pela Praça do Papa. Que linda manhã de Julho! Bem, meus companheiros, eis Cabo Verde. Contrapontos, congruências e divergências...
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Morabeza - Pelos Blogs
Não sei, mas devo ter confessado aos leitores que sou fã dos textos blogueiros de Eileen, que não conheço pessoalmente. Ela tem uma soltura que me encanta. E eu, simples blogueiro já nem esperando Godot, navego pelo Soncent, que é “sabe pa fronta”. E Eileenístico é como se chamará o seu primeiro livro, de contos e crónicas…
Son
Son di Santiagu traz em post as cartas abertas, minhas e do José Luís Hopffer Almada. O debate terá de continuar sem fulanizações ou mesmo adjectivações fáceis. Muito menos de aceitar, anónimos a dizer das suas. Em democracia, todos os devidamente identificados têm direito à palavra. É que os cidadãos querem o seu bom-nome. Não nos faltando nome, nem currículo, continuaremos na lida…
Maktub
Uma loura espampanante, exactamente como veio ao mundo (com alguns atributos bem mais desenvolvidos que a média), em poses provocantes…já não se faz jornalismo em condições, ó Vera Lúcia. Tiver…tivesse algum decoro. Do erotismo, saudável elemento, queremos ver tudo, ou quase tudo (o Eros está no ponto quase), mas a pornografia, vade retro…
Tatarana
Regressando à sordidez, à pornografia, ao mau gosto, à bandalheira, ao insulto, ao despautério, à imbecilidade, às nódoas de vinho, ao fedor a urina e a todos os demais atributos, quase em tudo almejando o reverso, não da “classe”, mas das belas letras, tenho o prazer de velejar por Tatarana, com gozo e aventura. Esse Blog também crioulo…
O dia que passa
O Blog da Margarida Fontes tem estado meio inconstante. Falo mais de quantidade do que qualidade, diga-se de passagem. Afinal é nele que, vez por outra, se postam os skecthes de Pablo Neruda. A época baixa tem a ver com alguma intenção sabática ou a dona de Os Momentos entrou nisto de bissexto como alguns de nós, aliás? De qualquer forma, como um voyeur interessado, dou ali a espreitadela quotidiana…
Da Faladera
De repente, quem também parece estar numa longa matutação é a Kamya. Quanto silêncio! Vou ali e nem um post para remédio. Nem unzinho sobre o Cinema ou aquele autocarro que a leva casa-trabalho-casa. Que a matutação desemboque em tempos mais produtivos e intensos, porque precisamos, como pão para a boca, das inumeráveis falas. So pa fla…
Morabeza pró ca”#/**%”lho
Concordo com esse olhar indignado de Abraão Vicente contra uma eventual (ou será real?) submissão da Cultura ao Turismo. Mas terá de ser vice-versa, meus senhores. Temos de instituir um Turismo que vá além de sol e praia, e se aproxime de outros valores, como os ambientais e o cultural. Nada a ver com a falaciosa morabeza que coloca os nossos adolescentes à mira dos tarados internacionais. Assino com o Vicente: morabeza pró ca”#/**%”lho…
segunda-feira, 2 de julho de 2007
As aventuras de Batman e as últimas da Tequilla
1.
Estou na cidade da Praia, há alguns dias, mas não tenho saído praticamente de casa. Passo o tempo a escrever e, nas horas vagas, revejo alguns amigos e familiares. O melhor dos meus dias, porque tempo de qualidade, são as conversas com o meu filho Pablo. Obviamente, não entra o “estranho gato” que vai pela TACV, nem a decisão do Pró Praia em não “dormir na forma”, mas as aventuras de Batman e as últimas da Tequilla, o poodle que veio do Brasil…
2.
Escrevi ao meu amigo Dimas Macedo, ora em momento sabático, comentando o texto do nosso, também amigo, Audifax Rios. Este falava do ser humano, esse estranho bípede, como um coquetel de paixões.
3.
Sim, dá que pensar a sabedoria dos gregos antigos e vê-los como encaravam a complexidade humana, embutida das suas entidades – Eros, Ludus, Estorge, Ágape, Pragma e Mania. De todas, Eros é o deus do amor, movido pela paixão e pela libido. Ludus é uma espécie de poeta, fugindo aos compromissos do poder e do quotidiano. Estorge apaixona pelos amigos. Ágape é misógino, nem gosta de sair de casa. Pragma é prático e interesseiro, de todas é a que serve para fazer política. E Mania é ciumenta patológica, nada a ver com a razão, obsessiva nas suas coisas. Diante desta olímpica exposição dos gregos antigos, só nos resta tentar entender que o outro lado das coisas também tem luz e sombra, precisando, como deste lado, um reflexo de espelho…
4.
Li um texto de Jorge Tolentino e, para além da sua fina pena, gostei como crítica a falta de ética de pretensos colegas, aderentes e afins. A mediocridade, tão maledicente quão subjacente, exige, em santa verdade, briga desabrida. Homens maiúsculos, como Tolentino (o Jorge, naturalmente), precisam-se nestas paragens. Aqui, nesta Tapadinha, onde se queimam santos com “santos de casa”, se ofendem pessoas sob anonimato dos jornais online e se financiam campanhas com certos dinheiros, dizia, aqui neste lugar, outrora de morabeza, mas ora de panfleto anónimo, cada vez mais, precisamos dos homens bravos. Dos que não se agacham…
domingo, 1 de julho de 2007
Património Mundial com 22 lugares a preservar
Diário de Notícias