segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dos Navegantes

Quando o meu filho Denzel nasceu, há exactamente 17 anos, uma amiga, aficionada pelos oráculos, quis que o baptizasse com o nome de Iemanjá (Yèyé omo ejá, em Iorubá), orixá que semantiza a mãe das águas. Há bocado, em chat com o Mito, este me manda os versos de Arlequim Desconhecido, de Ivan Lins. Mais ou menos assim (só um cheirinho):Quem brincará?/Quem dançará?/Quem sairá de arlequim?/Quem tocará?/Quem chorará?/Quem gemerá seu bandolim? Acabei por escolher Denzel como o do menino, pela forma como Denzel Washington representara sua personagem no filme Mo Better Blues, de Spike Lee, e porque nesse dia nevava tanto em Boston, e havíamos ido, eu e o Vadinho (poeta Valentinous Velhinho) curtir o Harlem Blues, no Wally´s, que era nossa catedral. Era o dia em que Dona Mindoca virava avó. Era também dia da Nossa Senhora da Conceição. A dos Navegantes. Quem terá o trabalho louvado?/Quem terá o destino sagrado/pra fazer minha gente feliz novamente?

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