Valentine´s Day
Tão estrambólica quão escalafabética é a cidade em dia de São Valentim. O cosmopolitismo? O gajo transmigra-se para o provincianismo. Tirando-lhe o West Side Story, ora em cartaz, e a exposição sobre Charles Darwin, na Fundação Calouste Gulbenkian, tudo isto é uma grande província. Os saldos voltam-se-lhe para os namorados. Os casais saem por aí a comer nos restaurantes. As floristas facturam mais do que no resto do ano. E os cinemas estão cheios. Lamechas e pieguices para dar e vender. Zouk love pelas ruas. Ou boleros antigos, do tempo da Maria Caxuxa. Triste fado. É pá, piroso...
Marginal
O amor é uma zona marginal. Não se compadece com as tricas comerciais, nem se assume consumista. É coisa de "maldito", de quem se expulsa do Paraíso e vai feliz à sua condenação à morte. O amor é uma zona subversiva...
Crise pela Tapadinha
A crise já nos bate à porta. Basta toparmos os resultados do desempenho da economia. Quando o vendavel nos leva a pedra, do balaio nem queiramos saber. O governo tem de começar a agir, em caracter de urgência, para libertar a economia do encolhimento dos bancos, estimular novos empregos e reduzir a pobreza. A situação é extremamente preocupante, embora a elite crioula esteja ainda preocupada com a eventual ida de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. Precisávamos promover o investimento público a sério e buscar novos emissores de turismo. Que ninguém se impertigue comigo, mas o que mereceria agora uma reflexão conjunta e cruzada era a crise. Por Júpiter...
Matar tudo o que mexe
Enquanto isso, skinheads atacam em Zurique, Roma e Londres. A crise económica torna-os mais raivosos. Poderoso era aquele general angolano que, em pândega rixa, mandava a força aérea matar tudo o que mexe. Aqui dito em sentido figurado, bem entendido. Mas, às vezes, contra a raivosa do racismo, apetece ter power...
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