Augusto mês de Agosto. Quente, meio chuvoso e completamente difuso. Não se consegue fazer poemas em desgosto, já que a mãe morreu neste mês aziago. Em beleza, pois não me quereria ela mortificado e penitente, reincarnando, nas antípodas, Mersault. Não me sói matar ninguém, ainda que me sinta “O Estrangeiro”. Mas este é um Agosto obtuso, sem absurdo, nem (des) ordem filosófica. Que não me permite dispor da solidão. Tão pouco me admite olhar ao espelho. Por onde andará a minha alegria?
Setembro
Quando Agosto caminha para o fim, começo a desabrochar-me para Setembro. Pode até parecer, aos vossos olhos, que estou fazendo prosa com esta minha fase existencial. Acontece que, para o gáudio dos invejosos, Agosto me tira do sério. Fica, por isso, a promessa de entregar os poemas inéditos para a antologia de José Luis Tavares e as crónicas para Sílvio Baptista, não sem antes acertar as fotos com Omar Camilo. Em Setembro já estarei melhor, isto é, caso ainda tenha estrutura emocional para ver a passarinha de pena azul. Fui…
Sem comentários:
Enviar um comentário