segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fuligem, riso e vertigem

Na pedra – água que rumoreja.
No gargalo do mar - ali gorjeia:
Ave sem voo, rima e penugem,
Viagem contida num âmbar…

Tornar – algo sem azo, zoeira,
Poeira que, suspensa, se esvai
Do cimo do monte, e nas dunas
Ínsula de areia, broa da ilha…

O Tempo - ruinoso e tão à-toa,
Longínquo no travo e na treva,
Réstias de cacimba, névoa e griso…

De vide, fuligem, sendo verso
Dessa margem, riso e vertigem
Ou fonema virando poema…

FILINTO ELÍSIO

1 comentário:

bsh disse...

Lindíssimo.

Gostei muito de passar aqui por esta casa. Voltarei.


http://desabafos-solitarios.blogspot.com/