Na pedra – água que rumoreja.
No gargalo do mar - ali gorjeia:
Ave sem voo, rima e penugem,
Viagem contida num âmbar…
Tornar – algo sem azo, zoeira,
Poeira que, suspensa, se esvai
Do cimo do monte, e nas dunas
Ínsula de areia, broa da ilha…
O Tempo - ruinoso e tão à-toa,
Longínquo no travo e na treva,
Réstias de cacimba, névoa e griso…
De vide, fuligem, sendo verso
Dessa margem, riso e vertigem
Ou fonema virando poema…
FILINTO ELÍSIO
1 comentário:
Lindíssimo.
Gostei muito de passar aqui por esta casa. Voltarei.
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
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