domingo, 21 de outubro de 2007

Brasis


(...)
Tem um Brasil que é próspero
Outro não muda
Um Brasil que investe
Outro que suga
Um de sunga
Outro de gravata
Tem um que faz amor
E tem outro que mata
(...)

Brasis. Seu Jorge


Por cortesia da minha amiga e parceira Rubi, ganhámos alguns bilhetes para o show de Seu Jorge, no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar. O Espaço Verde era pequeno demais para os milhares que queriam ver o artista de voz poderosa, virtuso de instrumentos e personagem “Zé Pequeno”, no filme Cidade de Deus. E eis que aparece Seu Jorge, esbelto como um atleta e dreadlocks, a cantar um suingado samba-rock. A banda, com endurance de samba, funk e pagode, bate um som pesado e não há como ficar parado numa clave do tipo Jorge Benjor. Às vezes, lembra Gilberto Gil, em toada de samba de break; outras vezes, o gingado leva para Zeca Pagodinho, ou não fosse o artista também carioca da gema. Mas Seu Jorge é ele mesmo e ele próprio. É a favela que se revela no seu lado criativo. O show vem cheio de proposta social e de cidadania. “Se eu pudesse não seria um problema social”, canta, com causa e consequência, a voz que vem das margens brasileiras.

1 comentário:

Eileen Almeida Barbosa disse...

Filinto, acho que ele era o condutor de autocarro, não o Zé Piqueno... acho.