terça-feira, 28 de novembro de 2006

Diversidades






Mote

Esta é a 600ª crónica. Um número histórico e redondo. Eis-me azafamado na recitara desta crónica, com a linha incisiva no linho da verdade. Não me faltam leitores a pedir para que eu republique uma ou outra crónica. Ou as minhas palavras fizeram-nos rir ou porque os comoveram até as lágrimas, estes amigos querem ler de novo o já escrito. Pode? Em verdade, as crónicas terão de ser irrepetíveis…

Elites

Falou-se por aí das elites. Elas são importantes, sem dúvida. Há que as ter de facto. Mas elas não nascem assim, acidentalmente e sem sustentabilidade, apenas porque um punhado de indivíduos ganhou algum rendimento ou fez determinada formação. As elites não podem ser mamonas bravias pelas achadas e fajãs. E muito menos, mamonas assassinas. Os países hoje em dia têm uma estratégia de formar e consagrar as suas elites. Fazem-no inscrevendo os seus quadros nas melhores universidades do mundo, tanto para a pós graduação como para a investigação. E as melhores, me perdoem esta informação categórica, estão na América e na Inglaterra. Vejamos os 10 melhores:

1
Harvard University
2
University of Cambridge
3
University of Oxford
4=
Massachusetts Institute of Technology
4=
Yale University
6
Stanford University
7
California Institute of Technology
8
University of California, Berkeley
9
Imperial College London
10
Princeton University



Homenagem

Um dia de homenagem a António Correia e Silva, não por ter sido nomeado Reitor da Universidade de Cabo Verde, mas por ter aceite este novo desafio com a modéstia e a sabedoria que lhe são próprias. Foi oportunidade para falarmos sobre os grandes desafios futuros. Como cruzar democratização com a qualidade de ensino? Eis a grande questão. O Pranchinha, que é parte da nossa gente, leu em voz alta um artiguelho no jornal A Semana. Hilariante. O pretensioso, frustrado de tanta fome política morrer na praia, indaga para quê da Universidade e numa recitara, que só Freud explica, se deslava em violência, revelando o pobre e o podre do seu pensamento.

Sem nome

Sem nome? Será que entendi bem? O António, que muito bem conheço, e que não foi educado às sopas dos poderes e às cunhas das fundações, nem foi facínora na política activa e muito menos desertor face às tempestades; esse meu irmão, de corpo e alma, que não vende o país a interesses universitários estrangeiros, nem paga manchetes nos jornais locais; esse, que combate pela História e pode saltar qualquer fogueira, tem nome sim. E currículo, ganho sem corrupção alguma…

Pela Marginal

Enquanto dirijo o automóvel, ouço pela rádio à sessão da Assembleia Nacional. O debate possível está longe do debate necessário. E mais longe ainda do entendimento que o País demanda. Sobra em bizantinice o que falta em bom senso. É rir para não chorar. E ainda por cima, às expensas públicas. Assim nau, nau, nau…

IVA

Sobre o quiproquó do IVA, é o que se vê. Na TV, ao invés do requentado para animar a malta, fazia falta os preços regressarem à decência. Mas isto parece uma grande brincadeira. De rir para não chorar. Muito barulho e pouca solução. E eu, na sexta que vem, como a maioria dos mortais, farei as minhas compras da semana. Que ódio…

Sem comentários: