quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Natal: rebuliço do vento

Venta. Lembro-me da minha tia-avó Mamazinha a discorrer sobre o equinócio. Lá fora o rebuliço do vento. Aquele redemoinho. O silvo de uma melopeia triste. Dos que cortam na alma. E o fino corte na fímbria da tristeza. Das que se revelam apenas num olhar de soslaio. Relance de transeunte. Fugaz estrela. Ou tão-só cadente. A riscar o céu. As luzes, os sons, as gargalhadas, a mesa farta e o pinheiro enfarpelado se esvaem na retina desse espelho. De nada adianta a multidão se cá dentro deambula, alheio ao vento, um homem só…

1 comentário:

Kamia disse...

Filinto é uma honra "recebe-lo" no SoPaFla!
Vi aqui no Albatroz e no Horizonte os seus recados para mim sobre o Imargens :)

Obrigada pelos seus votos. Estou mesmo a precisar de tudo isso.
Tudo de bom para sí também.