quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Caverna

O que dizer das criaturas, miniaturas
No breu das grutas, que sintaxe, algo
Como um labirinto de versos, paralaxe,
Extracto de escuridão ou de solidão?

Estar apartado da vida, asceta, monge,
Sequestrado de si próprio, em dúvida
Na prece, sendo caverna este silêncio
E seu bulício, esfinge e o que ele finge?

Uma parelha de poesia, duas cotovias,
Três árvores ao redor e quatro tambores,
Essa leiras, medidas e mesuras, números…

Momentos tão de quedas e de vertigens,
Flutuantes almas, quantos impregnados,
Lugares de luz, de escuro e seu inverso…


Filinto Elísio

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