Às musas da Praça do Mercado
Fruta do conde, carnuda e polpuda, vêm à minha ideia
Os pregões em clave, vendedeiras da Praça do Mercado,
Banana prata, nanica e nanicão do Vale da Ribeira…
E, no paralelo vão dos tabuleiros, esteiras e bandejas,
Frescas, fritas e secas, viajando-me à minha infância
Nha Mamãzinha a desidratar bananas ao sol da tarde
E no alarde do sereno, as solturas do primeiro olhar…
Ali, na Praça do Mercado, também rolava-se o tabaco,
Em folha e louro, de mascar, cheirar ou fumar, o chá e o clã
(depende de ocê, dizem) de canhoto fino ou mais vagabundo…
E no turbilhão – araçá pêra, maçã gala e abacaxi pérola
- estou com mamas, mamão e calabaça (xarope, dizem),
Na mão delas…banana prata, nanica e nanicão!
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