domingo, 4 de junho de 2006

Banana passa




Às musas da Praça do Mercado


Quando levas à boca a banana passa, do Jequitinhonha,
Fruta do conde, carnuda e polpuda, vêm à minha ideia
Os pregões em clave, vendedeiras da Praça do Mercado,
Banana prata, nanica e nanicão do Vale da Ribeira…

E, no paralelo vão dos tabuleiros, esteiras e bandejas,
Frescas, fritas e secas, viajando-me à minha infância
Nha Mamãzinha a desidratar bananas ao sol da tarde
E no alarde do sereno, as solturas do primeiro olhar…

Ali, na Praça do Mercado, também rolava-se o tabaco,
Em folha e louro, de mascar, cheirar ou fumar, o chá e o clã
(depende de ocê, dizem) de canhoto fino ou mais vagabundo…

E no turbilhão – araçá pêra, maçã gala e abacaxi pérola
- estou com mamas, mamão e calabaça (xarope, dizem),
Na mão delas…banana prata, nanica e nanicão!

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