quinta-feira, 28 de julho de 2005

Catedra

por Filinto Elísio



Algo, quem sabe uma melodia, teria um dia
Fazer da vida uma grande catedral, vitral
Ou algo como uma nogueira, coisa da infância
Tipo de música que dá lágrima e alegria...

Uma grande catedral seria o teu sorriso,
Flor surgida no esquecimento dos pedregais,
Onda levantada e depois estendida na praia
E estarão os teus pézinhos à beira de água...

Seria também fina neblina que nos enovela
Desaparece para os umbrais a portentosa águia
E deixa-nos assim entre a pedra e o mundo...

Algo mais zen do que o próprio silencio, faria
Deste momento mais sublime que a morte
Quem sabe um fumo breve, eterna...de catedral!

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