Já começa o Natal em força
“Solidariedade natalícia na Praia” é o lema com que a Associação Juvenil João Paulo II pretende realizar o Projecto Tenda de Natal – VI 2004. Mais de 500 pessoas, entre crianças e idosos, serão beneficiárias da recolha de fundos e prendas na Praça Alexandre Albuquerque. O Projecto tem como madrinha a Dra. Judith Lima e Família e conta com a parceria de várias instituições, associações e individualidades, segundo a Inforpress. A ACRIDES também promove um leilão do quadro Si crê bu xinta na pilon, do artista plástico Mito, ainda no âmbito da exposição Timenti Lua Ka Subi, no Palácio da Cultura. O objectivo do leilão é melhorar as condições habitacionais de Admilson Carvalho, uma criança vulnerável de 4 anos de idade, com acentuados problemas de diabetes. Um Natal diferente para Admilson…
No Blog de JPP
(…) Nuvens em Marte, nuvens em Urano. Em Marte, puff...Em Urano, sim Urano, também lá está nos céus, uma tempestade no hemisfério norte, move-se sobre o azul perfeito (…)
Papel amarrotado na rua
(…) Vê-se que estava entristecido à beira da tarde. Como se tivesse descoberto o desencanto e, de repente, não mais que de repente – e com perdão pelo intertexto –, lhe caísse sobre a cabeça o céu. E afinal tudo, de cabo a rabo, fosse uma nuvenzinha a passar. Via-se-lhe silencioso (ou seria, silenciado?) no vagar das horas e tu, pelo amor de Deus, homem! Desentendias esse não sorrir diante do azul e, francamente, pagavas para ver a sua euforia pela chuva dos dias. Exilado de ti próprio, passavas as horas a ver-lhe o mutismo até que um dia, pronto, tudo foi memória (…)
Da espuma dos dias
(…) Apanhas um barco e ficas a olhar para a cidade a afastar-se e compreendes por que é que as raparigas sozinhas usam piercings e os homens te surgem tão touros. É por causa do rio e das ondas – da brutalidade quase mar das ondas que o barco subleva. A cidade a afastar-se muito mas não tens medo, não faz mal, tu sabes que és só – na cidade que deixas como na que reencontras agora, vinda do rio quase mar. E há um homem que te fala da esperança que lhe tiraram – e de como uma musa far-lhe-ia toda a diferença (…)
Pela cidade
Sou um crítico bissexto. Costumo passar um longo período a escrever estados da alma. Mas, de quando em quando, vou à rua nesta cidade. Vejo uma série de propagandas político-partidárias, remanescente de campanhas eleitorais, nas paredes (públicas e privadas, note-se). Cada frase, apoeticamente silabada a cada cem metros da urbe. Ora, pela estética que nos une, é tempo de apagarmos tamanha fealdade. No dia-a-dia, queremos viver com a arte e não com a anti-arte. Qualidade de vida também tem a ver com a comunicação estética. De resto, vamos divulgar as coisas que achamos mais integradoras para o nosso quotidiano. Queremos ver murais pintados, esculturas, poemas colados nas avenidas. Dançarinos nas calçadas. Declamadores no meio da praça. Toda a cidade que se preza – e a Praia tem dimensão da verdade – deve dar o máximo de si em cada espaço, embelezar cada muro esquecido e fazer plástica nos becos sem saída. Que tal Graffiti? É arte e vale a pena experimentar, ó juventude…
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