sábado, 9 de abril de 2005

O imperativo da voz de Helberto Helder

Sou eu, assimétrico, artesão, anterior / - na infância, no inferno. [...] Trabalho um nome, o meu nome, a dor do sangue, / defronte / da massa inóspita ou da massa / mansa de outros nomes. / Vinhos enxameados, copos, facas, frutos opacos, leves / nomes, / escrevem-nos os dedos ferozes no papel / pouco, próximo. Tudo se purifica: o mundo / e o seu vocabulário. No retrato e no rosto, nas idades em que, / gramatical, carnalmente, me reparto...

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