quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cidade

Não será assim, tão de chofre, sem civilidade, nem genealogia, que se ocupa a cidade dos meus cuidados. Obviamente, Praia, como nenhuma outra, a remoer cá dentro. Complacência dos deuses e seus devotos? Caramba, sou ateu. Mesuras aos reis e seus súbditos? Arre, sou anarquista. Querem-na cosmopolita, uns; sonham-na pacata, outros. Gozá-la, seviciá-la e esventrá-la, todos. Metrópole única (mentalmente metropolizada), diferente, sui generis. Seus terroristas dorminhocos. Seus líderes viciados. Os munícipes desatentos transitam pelo Platô. Raros turistas merdosos. Pacóvios são os proclamados senhores destas achadas! Nero queimaria isto sem pestanejar. Tudo a arder e o crepitar de estrelas nessa bandeirola da tardia república. Crepite e carbonize, pois, a constelação toda. Assim tão de chofre, não…

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