quarta-feira, 6 de maio de 2009

Boche é brom!


Foto de Xam


Logo eu que trocara, não os vês pelos bês, mas minaretes por minetes (mais por descuido que trocadilho), se calhar na calha de Alexandre O'Neill - Boche é Brom! -, fiquei ali, prostrado e demorado, a ver pela cara dos presentes. Mas este gajo ganha a vida a escrever poemas? Em verdade, este gajo ganha a vida a aturar quem atura, pondo no lugar a sintaxe toda e escondendo a semântica, onde cotovias, quanto não cucos, eram o que se via pela fresta das palavras. A vidinha afinal (e não há que se estar condoído com a sorte, se há tanta gente sem norte) resume-se a estes erros de paralaxe. Vamos, pois, ao Moamba animar o estômago, pois que as pretas estupidamente geladas entram lisas com os carapaus fritos e o resto será poesia. Queres saber para quando o fim do Albatrozberdiano, este blog que já vai longo. O meu irmão António, de todos o mais sábio, porque de racionalidade mais infinita, diria: Concentra-te para a literatura mais de monta, para o romance que de ti se espera. Talvez devesse eu ir às Conferências de Estoril ver Blair e Aznar, mas, nas horas que me sobram nesta Lisboa luminosa, ou poema ou nada. De resto, escreveria a sentença poética de Eugénio Melo e Castro: A poesia é um gozo/o leitor/deve sentir-se gozado. Estou a ver pela cara dos presentes, repito! Prometo ao escultor Moisés, que é vegetariano e esculpe menires que voam, uma cachupa de algas marinhas. Estou mais calhado para o vate poético, balbucio-me. Por isso, outro livro está já pronto: Diversa prosa de quase verso...

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